sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Cinco exemplos de como a doutrinação ideológica atua na educação brasileira

Ainda sobre a "Doutrinação Ideológica" que está ocorrendo nas escolas do nosso país, deixo aqui pra vocês uma reportagem trazida pelo Spotniks:

"Educação, eis a palavrinha mágica no discurso dos políticos e nas faixas de campanha, nos gritos de protesto e nas passeatas sindicais, a solução inevitável para todos os nossos problemas.

Na posse do segundo mandato da atual presidente, ela foi a estrela máxima: “O novo lema do meu governo, simples direto e mobilizador, reflete com clareza qual será a nossa prioridade, e sinaliza para qual setor deve convergir nossos esforços. Trata-se de emblema com duplo significado. Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar em todas ações de governo um sentido formador.”

Como apontamos por aqui, a nossa educação não anda muito bem das pernas. Atualmente 95% dos nossos alunos saem do ensino médio sem conhecimentos básicos em matemática, quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa. Em resumo: enfiamos mais de 42 milhões de crianças e adolescentes em escolas públicas, a um custo nababesco, mas ensinamos muito pouco.

E as notícias ruins não terminam por aí. Segundo dados do Prova Brasil, 55% dos professores brasileiros dizem possuir pouco contato com a leitura. Além disso, uma pesquisa feita pela OCDE aponta que eles perdem, em média, 20% das suas aulas lidando com bagunça em sala de aula. Por fim, segundo o Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube), quatro em cada dez universitários são barrados em seleções para estágio por causa de erros de ortografia – os estudantes de Pedagogia lideram entre os piores índices.



Não bastasse o claro fracasso na escola como instituição de ensino, não raramente ela é usada como instrumento para doutrinação ideológica. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, 78% dos professores brasileiros acreditam que a principal missão das escolas é “formar cidadãos” (apenas 8% apontou a opção “ensinar as matérias”) e 61% dos pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em sala de aula.

Evidentemente essa não é uma prática assinada por todos os docentes – e seria chover no molhado apontar aqui que parte considerável dos nossos professores atuam na melhor das intenções, quando não são vítimas de material didático de péssimo gosto. Mas, ainda assim, a doutrinação atua como uma praga numa lavoura, corrompendo a formação intelectual de incontáveis estudantes e interferindo negativamente no ambiente de trabalho dos docentes.
Para combater a prática, o advogado Miguel Nagib criou a organização Escola Sem Partido, “uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior”. A organização promove o debate e denuncia práticas de doutrinação em sala de aula. Em sua página é possível encontrar inúmeros exemplos de uso eleitoreiro e político nos livros didáticos brasileiros, propaganda ideológica em instituições de ensino, professores-militantes, entre outras aberrações presentes na nossa educação. Aqui, cinco exemplos de como a doutrinação atua nas salas de aula do país.

1) O LIVRO DE HISTÓRIA MAIS VENDIDO DO PAÍS NÃO É UM LIVRO DE HISTÓRIA.



O nome dele é Mario Furley Schmidt e ele é o responsável por um dos capítulos mais obscuros da história da educação no país. Mario é considerado o autor que mais vendeu livros de História no Brasil. Sua coleção, Nova História Crítica vendeu mais de 10 milhões de exemplares e foi lida por mais de 30 milhões de estudantes. Só tem um problema – Mario Schmidt não é historiador e sua obra não passa de mero panfleto marxista. Por receber 10% do preço de cada livro vendido, porém, Schmidt ficou milionário da noite para o dia.

A Nova História Crítica foi recomendada pelo Ministério da Educação. Na compra feita pelo MEC em 2005, o livro representava 30% – a maior parte – do total de livros de história escolhidos. Segundo o editor da Nova Geração, Arnaldo Saraiva, a obra “é o maior sucesso do mercado editorial didático dos últimos 500 anos”. Na coleção, feita para alunos de 5ª a 8ª séries, Schmidt faz contundentes elogios ao regime cubano, afirma que a propriedade privada aumenta o egoísmo, critica o acúmulo de capital e faz apologia ao Movimento dos Sem-Terra (MST). Além disso, trata Mao Tsé-Tung como um “grande estadista e comandante militar”. Por toda obra, o capitalismo e o socialismo são confrontados com informações maniqueístas, distorções bizarras, erros teóricos primários e releituras descompromissadas de qualquer apreço histórico.








2) QUE TAL PAGAR POR UM CENTRO DE DIFUSÃO DO COMUNISMO?



Sim, isso mesmo que você leu. Aconteceu na Universidade Federal de Ouro Preto. Vinculado ao curso de Serviço Social, o Centro de Difusão do Comunismo, sob a coordenação do professor André Luiz Monteiro Mayer, desenvolveu dois projetos de extensão: a Equipe Rosa Luxemburgo (um grupo “de Debate e Militância Política Anticapitalista”) e a Liga dos Comunistas (“núcleo de estudo e pesquisa sobre o movimento do real, referenciado à teoria social de Marx e à tradição marxista”). Não se engane: aqui não se trata de um centro destinado a estudar teoria e história do comunismo. Só há um único propósito no Centro de Difusão do Comunismo – como diz o seu nome, difundi-lo. E com dinheiro público.

O centro foi impedido de atuação por um juiz da 5ª Vara da Justiça Federal do Maranhão, José Carlos do Vale Madeira. De acordo com ele, a administração “não pode disponibilizar bens públicos para a difusão de doutrinas político-partidárias por mais relevantes que sejam historicamente”.

3) NOS LIVROS APROVADOS PELO MEC, PALMAS PARA LULA, VAIAS PARA FHC.

Deu na Folha:

Livros didáticos aprovados pelo MEC (Ministério da Educação) para alunos do ensino fundamental trazem críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e elogios à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das exigências do MEC para aprovar os livros é que não haja doutrinação política nas obras utilizadas.

O livro “História e Vida Integrada”, por exemplo, enumera problemas do governo FHC (1995-2002), como crise cambial e apagão, e traz críticas às privatizações. Já o item “Tudo pela reeleição” cita denúncias de compra de votos no Congresso para a aprovação da emenda que permitiu a recondução do tucano à Presidência. O fim da gestão FHC aparece no tópico “Um projeto não concluído”, que lista dados negativos do governo tucano. Por fim, diz que “um aspecto pode ser levantado como positivo”, citando melhorias na educação e a Lei de Responsabilidade Fiscal.




Já em relação ao governo Lula (2003-2010), o livro cita a “festa popular” da posse e diz que o petista “inovou no estilo de governar” ao criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O escândalo do mensalão é citado ao lado de uma série de dados positivos.

Ao explicar a eleição de FHC, o livro “História em Documentos” afirma que foi resultado do sucesso do Plano Real e acrescenta: “Mas decorreu também da aliança do presidente com políticos conservadores das elites”. Um quadro explica o papel dos aliados do tucano na sustentação da ditadura militar. Quando o assunto é o governo Lula, a autora – que à Folha disse ter sido imparcial – inicia com a luta do PT contra a ditadura e apenas cita que o partido fez “concessões” ao fazer “alianças com partidos adversários”.

Em dois livros aprovados pelo MEC, só há espaço para as críticas à política de privatizações promovida por FHC, sem contrabalançar com os argumentos do governo.


O professor Claudino Piletti, coautor do livro “História e Vida Integrada”, da editora Ática, concorda que sua obra é mais favorável ao governo Lula. “Não tem o que contestar”, afirmou. Ele disse que é responsável pela parte de história geral da obra e que a história do Brasil ficou a cargo de seu irmão, Nelson Piletti, que está na Itália e não foi encontrado pela reportagem. À Folha Claudino disse que critica o irmão pela tendência pró-Lula e vai tentar convencê-lo a mudar a obra. “Não dá para ser objetivo. O professor de história tem suas preferências, coloca sua maneira de pensar. Realmente ele [Nelson] tem esse aspecto, tradicionalmente foi ligado à esquerda e ao PT”, afirmou Claudino.

4) NEM OS LIVROS DE LÍNGUA PORTUGUESA FOGEM DA PROPAGANDA IDEOLÓGICA.



Num país onde 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa e quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais, nem os livros de Língua Portuguesa escapam da propaganda ideológica. Lula e Fidel Castro ilustram conteúdos em dois livros didáticos de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. Lula estampa o conteúdo de “expressão oral” em livro para o 6º ano (27447C0L01; atende crianças de 11 a 12 anos) e Fidel, o conteúdo de “reconstrução dos sentidos do texto” em livro para o 9º ano (27484C0L01, atende adolescentes de 14 e 15 anos).

Os livros de Língua Portuguesa fazem parte do catálogo do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação, para o triênio 2014/16. Eles foram distribuídos para escolas públicas ligadas aos governos federal, distrital, estaduais e municipais.




Outro livro didático de Língua Portuguesa para o 6º ano do Ensino Fundamental (que faz parte do catálogo do Plano Nacional do Livro Didático, sob o nº 27484C0L01) usa uma charge para comparar a capacidade de decisão da presidente Dilma Rousseff com seus adversários políticos Marina Silva e José Serra. Como tarefa, o aluno é orientado a manter-se bem informado sobre o tema que pretende defender – “é preciso ter opinião”, diz a chamada.

5) PROPAGANDA IDEOLÓGICA NUM LIVRO DE… EDUCAÇÃO FÍSICA?



Pois é, nem os livros de Educação Física escapam. Ao menos não o Livro Didático de Educação Física para o Ensino Médio do Estado do Paraná. No terceiro capítulo da disciplina, chamado “Faço esporte ou sou usado pelo esporte?”, o livro didático público recorre ao esporte e à televisão para afirmar que ambos sofrem influência do sistema capitalista para explorar e dominar as massas, impondo suas ideias políticas e filosóficas.

Regras: é preciso respeitá-las para sermos bons esportistas. Em nossa sociedade, devemos ser submissos às regras impostas pela classe dominante. Em nosso convívio social, devemos respeitar nossos colegas (…), contribuindo com o êxito da equipe ‘de trabalho’, isso quer dizer ‘enriquecer cada vez mais os patrões’”, diz o livro.

O texto é declaradamente marxista, um emaranhado de sofismas, tendencioso do começo ao fim. A prática esportiva é secundária, o que importa é fazer a revolução gramsciana”, diz o advogado Miguel Nagib, presidente da organização Escola Sem Partido. Como relata o Gazeta do Povo, que entrevistou Nagib: “Ao falar da “potencialidade transformadora” do ensino da Educação Física, o autor deixa claro que pretende usar a disciplina para fazer dos alunos “agentes de transformação social”. A técnica usada para levar os alunos a exercer o chamado “pensamento crítico” – que nunca é crítico em relação às atrocidades cometidas nos regimes comunistas – não é a da demonstração racional, mas a da insinuação maldosa. “O texto é repleto de perguntas retóricas, suspeitas, que induzem o estudante a fazer uma determinada abordagem do problema.”



Para escrever seu livro de esporte com críticas ao capitalismo, Gilson José Caetano, formado em Educação Física, diz ter escolhido “um recorte baseado no materialismo histórico dialético”. Ele afirma que o marxismo seria a base teórica de consenso entre os professores que criaram as diretrizes da Secretaria de Educação do Paraná. Nem a prática esportiva escapa do proselitismo ideológico. E é você, claro, quem banca tudo isso."

...

Nem preciso dizer a vocês o quanto tal realidade me assusta. Os que pensam a revolução cultural sabem que seu trabalho deve ser feito de forma lenta, gradual, dando a impressão de naturalidade, ou seja, dando a impressão de que a sociedade caminha assim naturalmente. O marxismo cultural, no Brasil, já conseguiu a hegemonia cultural e da mídia e em qualquer curso universitário é possível constatar tal realidade através de um ódio frontal e fundamental ao cristianismo, aos valores cristãos e mais especificamente ao catolicismo tradicional. E o que se vê é que a classe falante revolucionária, domina hegemonicamente os meios de produção da cultura, enquanto a maioria dos brasileiros que são contra tal realidade, ficam mudos, imaginando que seu posicionamento é compartilhado por poucos.

Nós, pais cristãos, não devemos esquecer que cabe a nós o papel fundamental na educação dos nossos filhos. Os pais são os primeiros educadores, e, desde o início, estão incumbidos do sustento material, cultural e espiritual das crianças. Este é um dever dos pais, que de modo algum pode ser delegado a terceiros ou substituído pelo Estado. Todas as vezes em que regimes totalitários quiseram neutralizar este papel dos pais, as tentativas não foram bem sucedidas. Isto porque sempre se soube que somente os pais é que devem cuidar da formação ética e moral dos filhos, e prepará-los para a vida. 

Lembremos também que "Educação" vem do latim educatio, que significa "criar, alimentar, nutrir"; E "educador" vem do latim educator, que significa "tutor, aquele que cria, pai"; E que "educadora" vem do latim educatrix, que significa "tutora, aquela que cria, mãe", OU SEJA, pelo menos desde a Roma antiga, já se sabia que a educação é função da família!!! Portanto, devemos urgentemente assumir nosso papel na educação de nossos filhos com amor e muita dedicação. 


Neste dia 28 de agosto, dia de Santo Agostinho, pedimos a intercessão desse Santo, Bispo e Doutor da Igreja que durante trinta e quatro anos foi perfeito modelo do seu rebanho e deu-lhe uma sólida formação cristã por meio de numerosos sermões e escritos, com os quais combateu fortemente os erros do seu tempo e ilustrou sabiamente a fé católica.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Doutrinação ideológica

No último post o Marcelo mencionou que os alunos de hoje não estudam, apenas recebem de forma passiva a doutrinação ideológica que é fruto de 40 anos de domínio da esquerda nas universidades brasileiras. Essa foi, sem dúvida, uma das nossas mais chocantes descobertas.

Sobre esse tema, deixo aqui um Artigo escrito pelo Professor Nelson Lehmann, pioneiro na luta contra a doutrinação ideológica nas escolas. Convido a todos a lerem com atenção, pois o assunto é mesmo preocupante!



"Educação x DoutrinaçãoA Constituição Cidadã de 1988 dá direito de voto ao jovem de 16 anos. O que sabe ele de política? Como 'Cara Pintada' sai ele pelas ruas em demonstrações típicas de oposição. Repete slogans colhidos na mídia, insultando alguma autoridade, quase sempre manipulado por militantes partidários profissionais. A escola e seus professores 'fizeram sua cabeça', incutindo-lhes certas doutrinas carregadas de imprecisas emoções. A escola pública brasileira, mas também as caras escolas particulares da elite, são usinas onde se formam mentes simplórias e confusas mas agudamente hostis ao Capitalismo e aos Estados Unidos da América.

Sabidamente, todos os sistemas totalitários dedicam especial atenção à formação da juventude. E doutrinam, sob pretexto de ensinar. Impõem uma 'verdade' coerente com o poder vigente ou a ser implantado. No Brasil, hoje, as noções transmitidas de política e cidadania estão flagrantemente contaminadas de conceitos marxistas, particularmente no ensino de nível médio. O que se ensina nas aulas de História, Sociologia, Geografia, e mesmo em Literatura ou Filosofia, não passa de doutrinação.

Na maioria dos Estados, a rede pública de ensino está sob controle de docentes sindicalistas, militantes partidários. Os textos escolares, quase sem exceção, empregam o vocabulário marxista, mesmo o mais ortodoxo, como 'consciência de classe', 'luta de classes', 'modos de produção', 'exploração internacional', 'imperialismo americano' e a rotineira demonização do Capitalismo.

O aluno que chega à Universidade vem viciado nos esquemas mentais apreendidos de seus mal-formados mestres de Ciências Humanas. No nível superior vão deparar-se igualmente com professores assumida ou sutilmente tendenciosos à esquerda. Ali já teriam critérios próprios que os poderiam imunizar, na melhor das hipóteses. O mal porém já está feito, desde a adolescência, desde a formação de suas opiniões.

Hoje, o 'politicamente correto' proíbe a menor menção vexatória a religiões, culturas, raças, opções sexuais. Mas não se observa o menor escrúpulo em ridicularizar lideranças políticas e autores que não rezem segundo a cartilha esquerdizante. Os métodos de constrangimento vão do sorriso condescendente à perda de pontos por resposta ideologicamente discordante da do respectivo professor. No discurso se propaga a intenção de “formar o cidadão crítico”; na verdade a crítica já é dada pronta, pré-fabricada.

Concursos e admissão de professores dependem de critérios inquestionavelmente políticos. Exemplos mais flagrantes disso foram observados no Estado do Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, onde a máquina burocrática tem sido dominada há décadas por partidos de esquerda. Os textos escolares comprovam o implícito ou explícito marxismo.

Diferentes dos tradicionais manuais de História, de autores conhecidamente eruditos, os atuais textos didáticos são produzidos em autoria coletiva, portando mínima ou nenhuma titulação. A indústria do livro escolar, seja dito de passagem, de consumo obrigatório e em grande escala, será um dos melhores negócios nas atuais circunstâncias.

Parcialidades e DistorçõesA ideologia marxista é hoje tão difusa, tão generalizada e consensual em nosso meio educacional, que passa despercebida como sendo apenas uma determinada interpretação da realidade. Tornou-se 'A' ciência. Os próprios vocábulos empregados já vêm impregnados de sentido ideológico, começando com a palavra CAPITALISMO, com sua conotação imediatamente negativa. Algumas das teses mais correntes e tidas como inquestionáveis poderão ser assim exemplificadas:

- IGREJA: a imagem projetada da Igreja é predominantemente a de uma instituição implicada com o poder, retrógrada e manipuladora de consciências.
- COLONIZAÇÃO: a colonização européia da América, África e Ásia é retratada exclusivamente em termos negativos, como imposição cultural e exploração econômica.
- ESTADOS UNIDOS: o extraordinário fenômeno do surgimento desta potência hegemônica fica sem maiores explicações, a não ser em termos predominantemente condenatórios.
- CUBA: uma revolução enfocada com simpatia e louvor sem qualquer ressalva. 
- COMUNISMO: o fracasso da experiência comunista e o desmoronamento do Império Soviético vêm obrigatoriamente descrito, mas sem uma análise crítica de suas causas. 
- CAPITALISMO: sinônimo de perversão e obstáculo a uma civilização harmônica e pacífica.

As teses acima podem ser facilmente encontradas na grande maioria dos textos escolares hoje adotados, tanto na rede pública quanto na rede privada. Assim também nos Vestibulares – provas de admissão ao nível universitário – que apresentam questões em que tais ensinamentos são pressupostos.

Não se trata, de nossa parte, de negar aspectos negativos daquelas instituições e episódios. Mas sim apontar a parcialidade e tendenciosidade dos enfoques. Não se levantam os prós e contras de situações históricas, praticando-se meramente denúncias a bodes expiatórios já de antemão escolhidos. Não se apresentam problemas como problemas, o que seria a finalidade da verdadeira educação.

A coloração marxista de nosso ensino hoje está infiltrada em todas as disciplinas. Em recente prova de matemática, de escola religiosa particular em Brasilia, a tarefa envolvia o cálculo de crianças mortas de inanição, por hora, no mundo. Nas entrelinhas uma condenação ao sistema capitalista. Mas as matérias diretamente propícias a doutrinação têm sido tradicionalmente as chamadas Humanas: História e eventualmente Sociologia. Mas a chamada Nova Geografia e a recentemente introduzida Filosofia, revelam-se surpreendentemente apropriadas aos propagadores do socialismo.

Sob influencia do professor Milton  Santos, o papa da nova geografia, esta ciência extravasou para o terreno de uma pretensa economia, onde se discute ainda em termos de “economias periféricas dependentes” e os lucros do capital às custas da destruição do meio-ambiente . O fenômeno da Globalização será tratado como óbvio ardil do capital multinacional.

Já uma iniciação à Filosofia poderia ser saudada como valiosa para a formação do jovem estudante. A questão é definir qual Filosofia? Ou o que entendem por filosofia? E a ser monitorada por quem ? Trata-se de uma poderosa arma, para o bem ou para o mal, da mais alta responsabilidade. E assim sendo, melhor nenhuma do que uma tendenciosa ideologia travestida de Filosofia. 
Que a visão marxista seja ensinada, sim, mas como visão marxista, e não como “A” Filosofia. Os manuais disponíveis nesta área são nitidamente calcados no vocabulário e no método marxista, destacando-se os da conhecida militante marxista Marilena Chauí. Uma leitura direta de Aristóteles, acessível mesmo a não iniciados, poderia ser a melhor solução, enquanto não se encontre um texto isento.

Diretrizes GovernamentaisO Ministério da Educação – órgão federal que centraliza o sistema educacional brasileiro – tem voltado sua atenção para o problema do livro didático nestes últimos anos. Diante da profusão de manuais escolares que a cada ano é lançada no mercado, denotando uma indústria que não conhece crise, o MEC arrogou a si a tarefa de avaliar seus métodos e conteúdos. Nomeou para isso comissões de professores, sem que se saiba sob quais critérios. Tais comissões produzem – já em segunda edição – GUIAS DE LIVROS DIDÁTICOS, com o fim de orientar mestres e escolas nas diferentes disciplinas. Classificam assim os textos como recomendáveis, recomendáveis com ressalvas e não recomendáveis.

Critérios foram previamente estabelecidos para guiar tais avaliações. Além dos critérios gerais, cada comissão define os específicos para sua área. Todos enfatizam o objetivo de “formar cidadãos críticos e responsáveis”, e expressam condenação a preconceitos ou juízos de valor quanto a culturas, religiões, raças, costumes, etc.

Curiosamente, entre tais preconceitos, não se menciona o político-ideológico. É vedada toda discriminação cultural, racial e de gênero, mas nunca se explicita a discriminação partidária. No GUIA DO LIVRO DIDÁTICO para a 6a. 7a. e 8a. série, de 2000 – 2001, à página 460, encontramos a absurdidade que abaixo reproduzimos: 'Nenhum livro poderá ser considerado bom ou ruim por sua declarada ou implícita opção, por exemplo, pelo idealismo, pelo marxismo, pelo tradicionalismo social, ou por qualquer outra perspectiva ou forma de encarar a vida ou a sociedade. O que caracteriza, de fato, um bom livro de História é sua coerência e adequação metodológica.'

Teríamos assim aprovados bons livros nazistas, maoístas, anarquistas, etc., desde que coerentes consigo mesmos. Critério talvez aceitável para um nível superior, nunca para adolescentes de nível médio. Na verdade, o que aqui se insinua, não passa de total permissão à ideologia marxista.

A publicação do MEC elogia, por exemplo, o manual 'Brasil, uma História em Construção', de José R. Macedo e Mariley Oliveira, com a seguinte observação: 'É excelente, p. ex.,o texto que se encontra à página 9, onde se afirma que não existe apenas uma verdade única na História...toda verdade no fundo é relativa,... Nem sempre o que é verdade para nós será o mesmo para pessoa diferente de nós'.'Temos aqui exemplificado um explicito relativismo, ou negação da ciência e da ética, num manual de história para adolescentes.

Educar para a CidadaniaEducar para a cidadania é também função da escola. Todas as nações de alguma maneira o fazem. Nos Estados Unidos esta instrução se dá em nível predominantemente técnico; o funcionamento da máquina burocrática, governo, partidos, eleições, constituição, administrações regionais, etc. A disciplina da História transmitirá sentimentos patrióticos, sem etnocentrismos ou xenofobias.

Na atual Alemanha estruturou-se um sistema digno de estudo, para eventual aproveitamento nosso. O Poder Legislativo, coordenando todos os Partidos, mantém e financia escritórios em todas as principais cidades, para informação e formação política de todos os cidadãos, particularmente dos estudantes. É a Central para Formação Política, (Bundeszentrale fuer Politischen Bildung). Esta instituição pluripartidária publica livros, filmes e CDs, mapas e estatísticas, e mais um boletim mensal. Além disso, oferece cursos e palestras a classes de alunos ou outra categoria, sempre gratuitamente. Questões de fundo são discutidas por diferentes autores. Uma admirável instituição democrática. No Brasil estamos longe disso.

A tônica do que se ensina hoje em nossas escolas consiste em explícitas ou veladas críticas e denúncias. É o fácil maniqueísmo, em que se procura um culpado para nossas deficiências. Quando se repete exaustivamente a fórmula vencedores/vencidos, exploradores/explorados, dominadores/dominados,se está reproduzindo o difuso mito do conflito entre os bons e os maus. Fórmula fácil e confortável, pois nos exime de responsabilidades. Acoplado a isso temos a implícita superstição de que uma instância superior, chamada Estado, ou Governo, suprirá nossas necessidades, nos protegerá e fará justiça. E será o culpado por tudo que não for conforme nossas ilusões. Cacoetes culturais.

O que uma honesta formação para a cidadania deveria propor, deveria ser muito mais positivo. Valorizar a responsabilidade individual, estimular o espírito empreendedor, a inventividade, a inovação, o assumir riscos, ter objetivos autônomos, providenciar o próprio futuro. Saber confiar em si mesmo para assim construir uma sociedade de confiança.

O jovem brasileiro recebe uma carga cultural que menospreza a livre iniciativa. Persiste o ideal de ser um funcionário do grande pai Estado, providencial e magnânimo. Aqui reside o obstáculo que nos impede de finalmente decolar e nos tornarmos uma nação digna de suas potencialidades. (...)”





Para vocês pais de alunos que tenham sido ou estejam sendo vítimas de doutrinação político-ideológica em sala de aula, vocês que, como nós, é contra a usurpação, pelas escolas e pelo governo, do direito dos pais de dar a seus filhos a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções, direito este assegurado pela Convenção Americana de Direitos Humanos, ou você que deseja se aprofundar mais no tema e saber um pouco mais sobre esse assunto, recomendo que acessem o site www.escolasempartido.orguma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, que luta em prol da aprovação do projeto de lei que cria o programa "Escola sem Partido", por uma educação sem doutrinação.

Neste dia 25 de agosto, dia de São Luís de França, rogamos a intercessão desse santo que subiu ao trono de França aos vinte e dois anos de idade, contraiu matrimônio e teve onze filhos a quem ele próprio deu uma excelente educação.


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sobre a Feira Medieval

Acompanhar de perto os estudos do Victor Hugo tem sido um grande choque. Pudemos constatar duas tristes realidades: primeiro, que as escolas nivelam os alunos por baixo e não oferecem nenhum desafio. O conteúdo é muito pobre e chato de se aprender; segundo, que esses meninos passam 5 horas por dia sendo bombardeados com conteúdo anticristão e, na maioria das vezes, cheio de mentiras. Foram várias as ocasiões nas quais constatamos esse atentado à inteligência e à formação moral e cultural de nosso filho. Citarei neste post somente um desses fatos: a feira medieval da escola. Em publicações futuras, nós citaremos outros acontecimentos que deixam qualquer pai que tenha a mínima preocupação com a formação intelectual, moral e espiritual dos filhos de cabelo em pé. 

Anualmente, o colégio organiza uma feira medieval com os alunos do 7º ano. Aparentemente, é tudo muito bonito e bem feito: as crianças vão vestidas com roupas típicas da idade média (frades, freiras, cruzados etc.); o pátio é todo decorado para entrar no clima alegre e bucólico que nos remete ao período medieval. No entanto, a beleza acaba quando começamos a ouvir as apresentações. No ano passado, visitamos a feira pela primeira vez e tivemos e desprazer de ver quão ruim era a preparação das crianças. Elas simplesmente decoravam alguns segundos de fala para explicar alguma característica da Idade Média, mas não sabiam nada além de sua fala. O pior é que, do pouco que decoravam, pouco se encontrava de verdade. Passado um ano, chegou a vez do Victor Hugo participar da feira, que tinha peso para a nota final de história. Ele acabou sendo sorteado para fazer parte do grupo que trataria da vida religiosa na idade média. Apesar de não ser historiador, tenho um grande interesse por história medieval. Também pude trabalhar com historiadores sérios, os quais me ensinaram que estudos de história devem ser realizados com muito trabalho de campo, com buscas de documentos que nos permitam reconstruir, ainda que de forma imprecisa, um período anterior. Escrever livros com afirmações sem fontes confiáveis é atividade de romancista, não de historiador. Infelizmente, os livros de história que são adotados pelas escolas são quase todos meros romances com um único intuito de difamar todos os inimigos dos socialistas, a começar pela Igreja Católica. 

Devido ao meu interesse pelo tema e à nossa preocupação com a veracidade do que o Victor Hugo fosse apresentar, estudamos o conteúdo de suas aulas e de sua apostila. Chegamos à esperada conclusão: ele teria que fazer uma apresentação mentirosa que atacava sua própria fé. Obviamente não aceitamos tal situação e a Juliana acabou conversando com o coordenador da escola, pedindo para que o Victor não participasse da feira. O coordenador pediu para que apresentássemos uma solicitação por escrito, explicando os motivos de nosso pedido. Coube a mim provar que o conteúdo apresentado em aula para os alunos não passava de mentiras. Passei vários dias pesquisando livros e artigos dos principais historiadores medievalistas da atualidade para compor um documento confiável, ao contrário do material didático utilizado pelo colégio. Após muito trabalho, apresentamos um documento de mais de 20 páginas, refutando o conteúdo passado aos alunos. Como consequência, o professor de história se reuniu com a diretoria e decidiram deixar o Victor Hugo livre para apresentar o conteúdo que quisesse ou mesmo que não participasse da feira, sem prejuízo à sua nota final. Decidimos por deixá-lo participar, uma vez que sua apresentação se restringiu a falar da vida dos frades e freiras na idade média.



Obra de Giotto di Bondone, grande artista medieval que certamente nunca será apresentado aos estudantes brasileiros, já que jogaria por terra a crença da Idade Média como Idade das Trevas.


Apesar do grupo do Victor Hugo não ter apresentado nada de muito grave, alguns outros grupos fizeram exposições com afirmações absurdas. Um deles chegou a afirmar que a Igreja, por meio da Inquisição, matava todos aqueles que não criam em Deus. Pior ainda é que muitos desses alunos eram filhos de famílias católicas que foram obrigados a difamar sua própria Igreja. Somente uma pessoa que nunca estudou história da Inquisição pode ensinar algo tão repugnantemente inverídico. Obviamente nos arrependemos de ter permitido a participação do Victor Hugo naquele festival de mentiras. Mas essa experiência serviu para nos mostrar a importância de estarmos atentos ao conteúdo do que é ensinado aos nossos filhos. A partir desse episódio, decidimos que iríamos complementar os estudos do Victor Hugo em casa. 

Como podemos confiar a educação intelectual de nossos filhos a escolas que nem mesmo se esforçam por ensinar a verdade aos seus alunos? Parece-me que o único objetivo dessas instituições é fazer os alunos passarem no vestibular, nem que para isso formem uma geração de jovens estúpidos e idiotizados. Nem mesmo podemos chamá-los de estudantes, porque não estudam, apenas recebem de forma passiva a doutrinação ideológica que é fruto de 40 anos de domínio da esquerda nas universidades brasileiras.

Que São José, protetor das famílias, nos ilumine e proteja nessa árdua caminhada.

sábado, 15 de agosto de 2015

Apresentação

Meu nome é Marcelo, sou casado com a Juliana há um ano e meio. Apesar de pouco tempo, esse período tem sido muito intenso, de muito aprendizado e, sobretudo, de muitas graças! Certamente o matrimônio é uma grande escola de santidade, pois Deus nos permite viver várias situações nas quais aprendemos a perdoar, a ter paciência e a suportar com alegria as diferenças. Tudo isso já é motivo suficiente para dar graças a Deus por ter me concedido um matrimônio cristão. No entanto, tenho ainda mais a agradecer, pois, graças ao Victor Hugo, pude experimentar a responsabilidade da paternidade logo no início do matrimônio. Sair do egoísmo da vida de solteiro para as obrigações de um pai de família foi um salto maravilhoso no amor de Deus.


Na intenção de oferecer o melhor ensino possível ao Victor Hugo, o matriculamos em uma das escolas mais bem-conceituadas de Brasília. Naquele momento não nos preocupamos por não ser uma escola católica. Acreditávamos que nossa família, como igreja doméstica, e a vida em comunidade seriam o suficiente para seu desenvolvimento moral e espiritual. A escola seria responsável apenas pelo seu aprendizado técnico. No entanto, os acontecimentos nos mostraram que estávamos enganados. 

Durante todo o ano de 2014, o Victor Hugo obteve excelentes notas sem nunca ter precisado de nossa ajuda. Ele passou de ano ainda no terceiro bimestre sem praticamente nunca ter estudado. Foi essa facilidade que nos deixou alertas e nos fez acompanhar melhor seus estudos no ano de 2015, pois queríamos que seu potencial fosse mais bem explorado e que a escola expandisse seus limites



Olá, meu nome é Juliana, sou católica, esposa e mãe do Victor Hugo, um lindo menino de 12 anos que, desde os quatro, frequenta a escola. Quando fui matriculá-lo em um colégio, optei pela rede Lassalista de ensino, com método construtivista, por ser a escola católica mais próxima de casa, uma vez que eu queria uma instituição que pudesse transmitir valores cristãos ao meu filho. Lá ele cursou todo o ensino fundamental I e, após se formar no 5º ano (antiga 4ª série), eu e meu marido conversamos e resolvemos mudá-lo de escola por julgar que estava na hora dele começar a aprofundar mais seus conhecimentos técnicos e, para isso, nos comprometemos ainda mais a fazer nossa parte quanto à sua formação moral.

Procuramos, então, uma escola conteudista, a qual está entre as mais renomadas de Brasília. Como o Marcelo já mencionou, apesar do nível da escola ter aumentado, o Victor Hugo conseguiu passar de ano sem muitas dificuldades e, com o tempo, passou também a criar muita resistência à escola. Dante disso, paramos um pouco para tentar entender o que estava acontecendo. Não demorou muito para descobrirmos que, apesar da conceituada escola, meu filho estava em um ambiente carente de desafios, frustrante e estagnador. 

Na tentativa de ajudá-lo, portanto, tomamos a decisão de complementar as aulas dele em casa, a fim de proporcionar os desafios e as novidades pelas quais ele ansiava. Só não imaginávamos que uma "simples" decisão como essa poderia mudar tanto nossas vidas. 

Sejam todos bem-vindos ao nosso blog e que nesse dia 15 de agosto, dia de Nossa Senhora da Assunção, nossa mãe Maria interceda sempre por nós para que continuemos a crescer na busca pela Verdade.